Rabu, Mei 19, 2010
A importância histórica da morte de Martí
Reflexões do companheiro Fidel
FAZENDO abstração dos problemas que hoje angustiam a espécie humana, nossa Pátria teve o privilégio de ser berço de um dos pensadores mais extraordinários que nasceu neste hemisfério: José Martí.
Amanhã, 19 de maio, completa-se o 115º aniversário de sua gloriosa morte.
Não seria possível avaliar a magnitude de sua grandeza sem levar em conta q ue aqueles com os quais escreveu o drama de sua vida também foram figuras extraordinárias, como Antonio Maceo, símbolo perene da firmeza revolucionária que protagonizou o Protesto de Baraguá, e Máximo Gómez, internacionalista dominicano, professor dos combatentes cubanos nas duas guerras pela independência onde participaram. A Revolução Cubana, que ao longo de mais de meio século vem resistindo os ataques do império mais poderoso existente, foi fruto dos ensinamentos daqueles predecessores.
Apesar de que quatro páginas do diário de Martí nunca estiveram ao alcance dos historiadores, o que consta no resto daquele diário pessoal, detalhadamente escrito e outros documentos seus daqueles dias, é mais do que suficiente para conhecer os detalhes do acontecido. Como nas tragédias gregas, foi uma discrepância entre gigantes.
Na véspera de sua morte em combate escreveu a seu íntimo amigo Manuel Mercado: "... já estou todos os dias em perigo de dar minha vida por meu país e por meu dever — já que o entendo e tenho ânimos para realizá-lo — de impedir a tempo com a independência de Cuba que se estendam pelas Antilhas os Estados Unidos e caiam, com essa força mais, sobre nossas terras da América. Quanto fiz até hoje e farei, é para isso. Em silêncio teve ser e como indiretamente, porque há coisas que para consegui-las devem estar ocultas, e de se proclamarem como são, trariam dificuldades muito sérias para conseguir sobre elas o fim".
Quando Martí escreveu estas palavras lapidárias, Karl Marx já tinha escrito O Manifesto Comunista, em 1848, isto é, 47 anos antes da morte de Martí, e Charles Darwin publicara A origem das espécies, em 1859, para citar só duas obras que, na minha opinião, mais influenciaram na história da humanidade.
Marx era um homem tão extraordinariamente desinteresseiro, que seu trabalho científico mais importante, O Capital, talvez jamais se teria publicado se Friedrich Engels não tivesse reunido e organizado os materiais aos quais o autor dedicou sua vida toda. Engels não só se encarregou desta tarefa, mas também foi autor de uma obra intitulada Introdução à dialética da natureza, onde falou do momento em que a energia do nosso sol se esgotaria.
O homem ainda não conhecia como libertar a energia existente na matéria, descrita por Albert Einstein em sua famosa fórmula, nem dispunha de computadores que fazem bilhões de operações por segundo, capazes de reconhecerem e transmitirem, ao mesmo tempo, os bilhões de reações por segundo que têm lugar nas células das dezenas de pares de cromossomos que a mãe e o pai entregam em partes iguais, um fenômeno genético e reprodutivo que conheci depois do triunfo da Revolução, buscando as melhores características para a produção de alimentos de origem animal nas condições do nosso clima, que se estende às plantas, através de suas próprias leis hereditárias.
Com a educação incompleta que os cidadãos de mais recursos recebíamos nas escolas, a maioria privadas, considerados os melhores centros de ensino, tornávamo-nos analfabetos, com um pouco de mais nível que aqueles que não sabiam ler nem escrever ou que frequentavam as escolas públicas.
Por outro lado, o primeiro país do mundo que tentou aplicar as idéias de Marx foi a Rússia, o menos industrializado dos países da Europa.
Lênin, criador da Terceira Internacional, considerava que não havia no mundo organização mais leal às idéias de Marx que a fração bolchevique do Partido Operário Social-Democrata Russo. Embora boa parte daquele imenso país vivesse em condições semifeudais, a classe operária era muito ativa e combativa.
Nos livros que Lênin escreveu depois de 1915 foi crítico incansável do chauvinismo. Em sua obra O imperialismo, fase superior do capitalismo, escrita em abril de 1917, meses antes da tomada do poder como líder da fração bolchevique daquele partido frente a fração menchevique, demonstrou que foi o primeiro em compreender o papel que estavam chamados a desempenhar os países sujeitos ao colonialismo, como a China e outros de grande peso em diversas regiões do mundo.
Por sua vez, a valentia e audácia de que Lênin era capaz foi demonstrada pelo fato de ter aceitado o trem blindado que o exército alemão, por conveniência táctica, lhe proporcionou para transladar-se da Suíça às proximidades de Petrogrado, pelo que os inimigos dentro e fora da fração menchevique do Partido Operário Social-Democrata Russo não tardaram em acusá-lo de espião alemão. De não ter utilizado o famoso trem, o fim da guerra teria surpreendido ele na distante e neutral Suíça, com o qual o minuto ótimo e adequado se teria perdido.
De alguma forma, por puro azar, dois filhos da Espanha, graças a suas qualidades pessoais, passaram a ter um papel relevante na Guerra Hispano-Norte-Americana: o chefe das tropas espanholas na fortificação de El Viso, que defendia o acesso a Santiago da altura de El Caney, um oficial que combateu até ser mortalmente ferido, causando aos famosos Rough Riders — ginetes duros, norte-americanos organizados pelo então tenente-coronel Theodore Roosevelt, que por causa do precipitado desembarque desceram sem seus fogosos cavalos — mais de trezentas baixas, e o almirante que, cumprindo a estúpida ordem do governo espanhol, partiu da baía de Santiago de Cuba com os fuzileiros navais a bordo, uma força seleta, da única maneira possível, que foi desfilar com cada navio, um a um, saindo pelo estreito canal de acesso, tendo em frente à poderosa frota ianque, que com seus encouraçados em linha disparavam com os potentes canhões contra os navios espanhóis, de muito menor velocidade e blindagem. Lógicamente, os navios espanhóis, suas dotações de combate e os fuzileiros navais foram afundados nas profundas águas da fossa de Bartlett. Apenas um desses navioschegou a poucos metros da beira do abismo. Os sobreviventes daquela força foram presos pela esquadra dos Estados Unidos.
A conduta de Martínez Campos foi arrogante e vingativa. Cheio de rancor por seu fracasso na tentativa de pacificar a Ilha, como tinha feito em 1871, apoiou a política ruim e rancorosa do governo espanhol. Valeriano Weyler o substituiu no comando de Cuba; este, com a cooperação dos que enviaram o encouraçado Maine a buscar justificativas para a intervenção em Cuba, decretou a reconcentração da população, que causou enormes sofrimentos ao povo de Cuba e serviu de pretexto aos Estados Unidos para estabelecerem seu primeiro bloqueio econômico, o qual deu lugar a uma enorme escassez de alimentos e provocou a morte de incontáveis pessoas.
Assim se viabilizaram as negociações de Paris, nas que a Espanha abriu mão de todo direito de soberania e propriedade sobre Cuba, depois de mais de 400 anos de ocupação em nome do Rei da Espanha, em meados de outubro de 1492, após afirmar Cristóvão Colombo: "esta é a terra mais formosa que olhos humanos viram".
A versão espanhola da batalha que decidiu a sorte de Santiago de Cuba é a mais conhecida, e sem dúvida houve heroísmo se é analisado o número e a patente dos oficiais e soldados que, numa situação muito desvantajosa, defenderam a cidade, honrando a tradição de luta dos espanhóis, que defenderam seu país dos aguerridos soldados de Napoleão Bonaparte, em 1808, ou a República Espanhola contra a investida nazi-fascista, em 1936.
No ano de 1906, uma ignomínia adicional caiu sobre o comitê norueguês que outorga os prêmios Nobel, ao buscar ridículos pretextos para conceder essa honra a Theodore Roosevelt, eleito duas vezes presidente dos Estados Unidos, em 1901 e 1905. Nem sequer era clara sua verdadeira participação nos combates de Santiago de Cuba à frente dos Rough Riders, e pôde ter muito de lenda a publicidade que recebeu posteriormente.
Eu apenas posso testemunhar a forma em que essa heróica cidade caiu nas mãos das forças do Exército Rebelde, em 1º janeiro de 1959.
Então, as ideias de Martí triunfaram em nossa Pátria!
Fidel Castro Ruz
18 de maio de 2010
18h12.
Hanoin fila fali ita nia RESPONSABILIDADE Ba JUSTISA KRIME GRAVE
Komunikadu Da Imprensa
Loron tolu tan, povu Timorense sei restaura aniversariu ba independensia nian. Mesmu tinan 10 ona entidades tomak komemora hodi festeza loron restaurasaun ho haksolok, maibe povu lubun balu komemora ho triste tamba kanek hirak nebe sira senti seidauk kurtivu no dadauk ne sei moras hela. Kanek hirak ne’e nunka diak sei bainhira ema nebe uluk halo hodi hamosu kanek sira ne sei nafatin livre husi julgamentu tribunal.
Karik ita hotu bele imajina, sei iha kondisaun nebe ema balu haksolok no balu seluk triste ita bele dehan ne vitoria ba ita hotu? Karik ema balu hamnasa ho kontenti no seluk balu tanis ho matan ben, ita bele dehan nafatin ne harmonia no dame? Oinsa ita bele asegura hodi hapara impunidade sei bainhira ema sira nebe autor krime grave iha Timor-Leste `99` sei nafatin livre no laiha prosesu ruma ba sira? Tamba sa ita soe enerjia makas hodi hadia mekanismu servisu tribunal nian sei bainhira tribunal rasik laiha ona nehan hodi tata ema sira nebe komete krime grave kontra umanidade.
Ami husu ba ita tomak atu tau konsiderasaun katak, ezizensia ba justisa krime grave laos deit nesesidade ba ema timor oan nomos laos muvimentu ka grupu ida nian maibe sai hanesan responsabilidade entidades tomak iha rai laran, komunidade internasional, liliu responsabilidade masimu ONU. Ami konsiente katak; ezizensia justisa laos deit ba ema timor oan maibe liutan ida ne’e atu prevene krime kontra umanidade no violasaun direitus umanus iha rai seluk iha tempo oin. Tamba ne ho firme ami hato’o katak, tempo to’o ona hodi hakotu korenti impunidade iha Timor no ba povu iha nasaun seluk.
Tamba ne’e bazeia ba rezutadu “Planu Stratejiku ANTI nian duranti loron tolu husi 29 – 31 Marsu 2010 iha Dare-ISMAIK nebe parstisipa husi liu ema nain 50; husi grupo estudante, reprezentante vitima no familia vitima, ONG nasional no internasional no ativista solidariadade internasional. Ho nune’e ANTI konkretiza hanoin hodi husu;
1. Ba ONU, atu labele kontinua fo konfiansa ba Indonesia no Timor-Leste hodi prosesa kazu krime grave no krime kontra humanidade nebe akontese husi 1975-1999 maibe deside alternativu seluk hodi hamosu painel special hodi halao julgamentu foun ba autor kriminozu sira
2. Ba Emabaisada no konsuladu tomak iha Timor-Leste atu hato’o reportajen ba estadu idak-idak katak kestaun justisa ba krime grave no krime kontra umanidade husi 1975 – 1999 sai nafatin preukupasaun boot ba povu Timor-Leste. Ho nune’e laran metin ami husu ita boot sira nia asaun hodi inklui kestaun justisa krime grave sai nudar dever moral no formal iha ita bot sira nia estadu no sosiadade.
3. Ba organizasaun internasional no instituisaun internasional nebe apoiu dezenvolvimentu iha Timor-Leste atu mos tau preukupasaun ba assuntu justisa krime grave nudar xafi esensial ba aspeitu dezenvolvimentu hodi hametin estadu de direitu no demokrasia
4. Ba Parlamentu Nasional, atu ho seriadade hodi fo importansia no fo prioridade hodi diskute mekanisme estabelesementu instituisaun ba implementa relatoriu chega, nune’e labele hamosu polemika no kontaradisoens entre ulun nain sira bazeia ba opiniaun pesoal nebe bele prejudika lian vitima nebe mak ho honestu buka justisa no lia los ba krime grave no krime kontra umanidade.
Ami fiar katak, povo Timor-Leste no ita tomak sei iha esperansa ba dame no amizade bele alkansa bainhira justisa ba krime grave no krime kontra umanidade iha Timor-Leste husi 1975 – 1999 bele iha prosesu justu no iha akontabilidade.
Justisa ba povu Timor-Leste,
Justisa ba emar tomak iha mundu rai klaran.
Dili, 17 Maiu 2010
Ami saran lian,
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